sábado, 19 de outubro de 2013

A BATALHA DE ZAMA

Segundo a wikipedia:
<<Batalha de Zama, travada em 19 de outubro de 202 a.C., foi uma batalha decisiva da Segunda guerra púnica. O exército da República Romana, liderado por Cipião Africano, derrotou as forças de Cartago lideradas por Aníbal. Logo após essa derrota, o senado de Cartago assinou um tratado de paz, terminando assim uma guerra de quase 20 anos.
Emissários cartagineses foram enviados a Roma para tentarem negociar os termos da paz. Como derradeiro golpe na sorte cartaginesa, uma tentativa de livrar Útica falhou.
Ele conhecia a terra e seus povos como poucos italianos jamais conheceriam, cidades e povoados, as carrancudas muralhas de Roma — as quais nunca havia penetrado — planícies quentes, vales domesticados, camponeses e carvoeiros, rudes montanheses e disciplinados romanos — todo um mundo que ele quase havia feito seu.  Durante os poucos anos antes de partir, teve que fazer daquela região seu lar.  Os romanos mantiveram Aníbal confinado na selvagem terra do sul, e, por fim, em uma estreita área ao redor de Crotona.  A notícia de que Aníbal, após 16 anos, havia finalmente deixado a península itálica, naturalmente trouxe regozijo a Roma e uma efusão de esperança, mas ainda persistia uma grande ansiedade.
Agora, ele estava indo embora, para uma cidade da qual ele mal podia lembrar-se. Ainda assim, era por Cartago que havia lutado por tanto tempo e sofrido tanto — por Cartago e por um juramento feito quando menino, diante de um altar enevoado.
A frota de Aníbal, inadequada para suas necessidades, e o exército que finalmente trouxe consigo de volta para a África provavelmente somava não mais do que quinze mil homens.  O exército de Aníbal na Itália era um estranho composto. Deviam existir poucos dos veteranos que cruzaram os Alpes com ele cerca de quinze anos antes. Os brútiosgauleses e desertores romanos, que então compunham a maior parte de suas tropas, claramente não eram da mesma qualidade, mas ainda seguiam de bom grado o mesmo homem, seu general cartaginês de um só olho.
Não pode levar de volta os cavalos que o ajudaram em tantas de suas vitórias e de que ele tanto necessitaria no ano seguinte. Todos tiveram de ser sacrificados para que não ficassem para os romanos.
Todavia, sua chegada à África, trazendo qualquer exército que fosse, teve tanto efeito sobre o moral cartaginês que o partido bárcida começou quase imediatamente a buscar um recomeço da guerra.  Porém, Aníbal era astuto demais para não aceitar a trégua oferecida por Roma, por ver que a situação geral cartaginesa era sem esperança, em vista da perda da Península Ibérica, do crescente poder de Roma por mar e terra e do poderio humano nativo que abastecia as legiões romanas.
No entanto, no inverno de 203 a.C., um comboio de provisões da Sicília destinado às forças de Cipião foi colhido numa tempestade e encalhou na região de Cartago.  Navios de guerra cartagineses foram enviados para capturá-lo e trazer as provisões para a cidade. Isso era totalmente contrário à trégua, e Cipião despachou enviados por mar para registrar um protesto. Em sua viagem de volta, os navios transportando os enviados foram traiçoeiramente atacados de novo por cartagineses e por pouco escaparam com vida. Cipião acertadamente viu isso como uma declaração de que a trégua estava acabada e a guerra reiniciada.
Cipião atacou todos os povoados da região ainda sob jurisdição de Cartago. Por todo o verão de 202 a.C., sitiava as cidades cartaginesas pois estava determinado a mostrar aos cartagineses que, aqueles que quebravam tratados, não eram dignos de qualquer piedade.
Aníbal, então, recebeu ordens de Cartago para marchar e desafiar Cipião antes que fosse tarde demais.  No entanto, ele recusou-se a se apressar e respondeu que lutaria quando estivesse preparado.  Ele tentava suprir a deficiência da cavalaria com o treinamento de elefantes e, à época da batalha final, possuía cerca de oitenta deles em seu exército. Eram, contudo, animais novos, que nunca haviam estado em ação e, constituíam mais um risco do que um recurso, pois essa já era uma arma de guerra obsoleta.  O exército que Aníbal finalmente conduziu para combater Cipião era ainda mais heterogêneo que de costume.
Assim, enviou uma mensagem para Cipião solicitando-lhe um encontro pessoal para discutirem termos, com o que este concordou.  Os dois homens nunca haviam visto um ao outro antes.  Dois dos mais distintos soldados de todos os tempos: Aníbal, além da habilidade de falar púnico, vários dialetos ibéricos e gálicos, também sabia falar grego e latim fluentemente; e Cipião, além de falar latim, também fora educado no grego.
"Encontro de Aníbal e Cipião em Zama."
Aníbal ofereceu a Cipião "a entrega de todas as terras outrora em disputa entre as duas potências, especialmente a SardenhaSicília e Espanha", juntamente com um acordo segundo o qual Cartago nunca mais faria guerra contra Roma.  Ele também ofereceu todas as ilhas "localizadas entre a Itália e a África", mas não incluiu as ilhas Baleares ocidentais, que haviam se mostrado tão úteis a Cartago.  Ele não fez menção de indenizações, nem de controle sobre a frota, nem de retorno de prisioneiros e fugitivos romanos.  Cipião dificilmente se impressionaria com a oferta, e disse "se, antes de os romanos rumarem para a África, você tivesse se retirado da Itália, haveria esperança para suas proposições. Mas agora a situação está manifestamente mudada".  Nada mais havia para ser dito.
Os romanos os aniquilaram naquele que seria o último combate da Segunda Guerra Púnica — a guerra que Aníbal iniciara dezesseis anos antes e que terminou em Zama.  Pela primeira vez em sua longa carreira, havia encontrado um general à sua altura, mas tinha sido derrotado principalmente pela falta de cavalaria.
A batalha terminou e os romanos haviam vencido a guerra.

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