quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Claude Lévi-Strauss

Segundo a wikipedia:
<<Claude Lévi-Strauss (Bruxelas, 28 de novembro de 1908Paris, 30 de outubro de 2009) foi um antropólogo, professor e filósofo francês. É considerado fundador da antropologia estruturalista e um dos grandes intelectuais do século XX.
Nasceu de uma família judia: o avô materno, com quem ele viveu durante a Primeira Guerra Mundial, era o rabino da sinagoga de Versailles e seu bisavô era regente de orquestra na corte - à época de Luís Filipe e depois, sob Napoleão III.  Ainda criança, sua família mudou-se para Versalles.
Quando jovem, torna-se militante da S.F.I.O., encarregado de coordenar o grupo de estudos socialistas, tornando-se depois Secretário Geral dos Estudantes Socialistas.
Depois de passar dois anos ensinando filosofia no Liceu Victor-Duruy e no liceu de Laon, o diretor da Escola Normal Superior de Paris, por telefone, convida-o a integrar a missão universitária francesa no Brasil, como professor de sociologia da Universidade de São Paulo.  Esse telefonema seria decisivo para o despertar da sua vocação etnográfica, conforme ele próprio iria declarar mais tarde: "Minha carreira foi decidida num domingo de outono de 1934, às 9 horas da manhã, a partir de um telefonema."
Entre 1935 a 1939, lecionou sociologia na Universidade de São Paulo, juntamente com os professores integrantes da missão francesa, entre eles sua mulher, Dinah Lévi-StraussJunto com Dinah, também excursionou por regiões centrais do Brasil, como Goiás, Mato Grosso e Paraná.  Publicou o registro dessas expedições no livro Tristes Trópicos (1955), onde ele, inclusive, conta como sua vocação de antropólogo nasceu nessas viagens.
Em uma de suas primeiras viagens, no norte do Paraná, teve seu esperado primeiro contato com os índios, no Rio Tibagi, porém ficou decepcionado ao supor, sem muito conhecimento etnográfico, que "os índios do Tibagi (caingangues) não eram nem verdadeiros índios, nem selvagens" (Lévi-Strauss 1957:160-161).
Em 1938, foi realizada uma expedição até os nambiquaras no Mato Grosso e a missão também visitou os últimos homens e mulheres Tupi-Kaguahib no Rio Machado, hoje considerados desaparecidos.
O período que passou no Brasil foi fundamental em sua carreira e no seu crescimento profissional, além de ter despertado em Strauss sua vocação etnológica.  Disse: "Um ano depois da visita aos Bororo, todas as condições para fazer de mim um etnógrafo estavam satisfeitas" (1957).
Em seu retorno à França ele se envolveu com a administração do CNRS e do Musée de l'Homme, até ocupar uma cadeira na quinta seção da École Pratique des Hautes Études.
Desde a publicação de sua tese As estruturas elementares do parentesco, em 1949, publicou uma extensa obra, reconhecida internacionalmente.  Dedicou uma tetralogia, as Mitológicas, ao estudo dos mitos, mas publicou também outras obras; dentre as quais o famoso Tristes Trópicos (livro autobiográfico acerca de sua passagem pelo Brasil e seu contato com os ameríndios na década de 1930, que contém uma visão eurocêntrica e até certo ponto colonialista), publicado em 1955, que o tornou conhecido e apreciado por um vasto círculo de leitores.
Após sua morte, a secretária permanente da Académie Française, Hélène Carrère d'Encausse, disse: "Ele era um pensador, um filósofo […] Nós nunca encontraremos outro como ele".>>
Por Pablo Secca

domingo, 24 de novembro de 2013

Risorgimento

Segundo a wikipedia:
<<É o movimento na história italiana que buscou entre 1815 e 1870 unificar o país, que era uma coleção de pequenos Estados submetidos a potências estrangeiras.
Napoleão Bonaparte criou diversos estados na península Itálica: Reino da Etrúria, Reino de Itália (1805-1814) e entregou o governo do Reino de Nápoles ao seu irmão, nomeado José I.
caption.
José Bonaparte, membro do Conselho dos Quinhentos, rei de Nápoles e da Espanha
Durante o domínio napoleônico, formou-se na Itália uma resistência que contou com membros de uma organização secreta – a Carbonária.  A Carbonária, uma sociedade mais ou menos maçônica, surgiu em Nápoles, dominada pelo general francês Joaquim Murat, cunhado de Bonaparte. Seu objetivo, era combater a intolerância religiosa, o absolutismo e defender os ideais liberais.  Lutava contra os franceses, porque as tropas de Napoleão haviam iniciado uma espoliação da Itália.  Com a expulsão dos franceses, a Carbonária queria unificar a Itália e implantar os ideais liberais.
Após o Congresso de Viena que se seguiu à derrota de Napoleão, e a liquidação do sistema, a península Itálica ficou dividida e subjugada.
                
A Áustria dominava a Lombardia, Vêneto e Istria; os ducados de Parma e Piacenza, Módena e Toscana eram regidos pelos arquiduques austríacos; o Piemonte, que integrava o Reino de Sardenha junto com o Ducado de Saboia e Gênova, era governado pela casa de Saboia; o Papa governava os Estados Pontifícios, estendendo sua autoridade às províncias do Adriático, e os Bourbons voltavam ao Reino das Duas SicíliasEm todas essas regiões, foi estabelecido o absolutismo.
A península Itálica em 1843, dividida em oito Estados.
Entretanto, as ideias nacionalistas e revolucionárias continuavam propagando-se, incentivadas pelo progresso econômico e o amadurecimento das instituições.  O incremento da produção têxtil do Reino da Sardenha exigia um vasto mercado que somente poderia ser a Itália unificada.  As ferrovias favoreceram as comunicações e, com elas, a unidade dos diversos Estados.  Outro elemento aglutinador era a língua italiana.  Os italianos podiam estar separados pelas fronteiras, com monarcas estrangeiros impostos pela Santa Aliança, mas ninguém podia despojá-los do idioma de Dante, Petrarca e Boccaccio.  Por outro lado, o romantismo, que se identificou na Itália com o Risorgimento letterario, adquiriu um claro poder político.  Onde não se tolerava a crítica, empregava-se a sátira.
A primeira fase do Risorgimento (1848-1849), foi incentivada pelo liberal Carlos Alberto da Sardenha, que havia assumido o trono da Sardenha e que se tornara o governante de Piemonte em 1831 Em 1847, Camilo Benso, o Conde de Cavour, começou a editar um jornal chamado Il Risorgimento, influenciando largamente o rei. 
                                                 
Camilo Benso, o Conde de Cavour. (1810 - 1861)                                      Carlos Alberto de Savoia-Carignano
Convicto da necessidade de expulsar os austríacos da Lombardia e de Veneza, declarou guerra à Áustria em 1848, contando unicamente com suas próprias forças, sendo derrotados em Custozza (1848) e Novara. (1849).  As condições de paz eram humilhantes para serem aceitas e, acreditando que sua utilidade para o país havia terminado, Carlos Alberto abdicou em 23 de março de 1849 em favor de seu filho Vitor Emanuel II (1849-1878) e se exilou em Portugal, vindo a morrer meses depois.
A segunda fase, em 1859-1860, prosseguiu no processo de unificação e concluiu com a declaração da existência de um Reino de Itália
Na luta sobre a futura estrutura da Itália, a monarquia, na pessoa do rei do Piemonte-Sardenha, Vítor Emanuel II, da Casa de Saboia, apoiado pelos conservadores liberais, teve sucesso quando em 1859-1861 se formou a Nação-Estado, sobrepondo-se aos partidários de esquerda, republicanos e democráticos, que militavam sob Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi.
        
Vítor Emanuel II             Giuseppe Mazzini (fundador do movimento "Jovem Itália")            Giuseppe Garibaldi
Completou-se com a anexação de Roma, antes a capital dos Estados Pontifícios, em 20 de setembro de 1870
A desejada unificação da Itália se deu assim sob a Casa de Saboia, com a anexação ao Reino de Sardenha, da Lombardia, do Vêneto, do Reino das Duas Sicílias, do Ducado de Módena e Reggio, do Grão-ducado da Toscana, do Ducado de Parma e dos Estados Pontifícios.>>