domingo, 17 de novembro de 2013

Reggia di Caserta

Segundo a wikipedia:
<<O Palácio Real de Caserta é um palácio barroco situado em Caserta, na região italiana da Campania.
O edifício foi encomendado pelo rei Carlos VII para servir de centro administrativo e cortesão do novo Reino de Nápoles, ao mesmo tempo que simbolizava o poder real.  O monarca quis dotar a Dinastia Bourbon-Duas Sicílias de uma residência à altura do Palácio de Versailles.  Esta nova capital ficaria situada próximo ao mar, mas não na costa, para evitar a contínua ameaça a que estavam submetidas cidades como NápolesPara a localização do futuro palácio foram eleitas as terras de Michelangelo Gaetani d'Aragona, Conde de Caserta.
O ambicioso projeto do rei não se limitava à edificação de um palácio, mas visava criar uma nova cidade que tivesse todos os progressos urbanísticos da época e fosse a capital mais avançada de toda a EuropaO palácio deveria albergar um teatro, os gabinetes estatais, uma capela e muitas outras dependências palatinas, pelo que se tornou muito difícil harmonizar o conjunto.
O rei Carlos VII jamais viu o seu projeto finalizado, pois teve que partir de Nápoles para ocupar o trono espanhol após a morte do seu irmão, Fernando VI de EspanhaO Palácio Real de Caserta seria uma residência habitual dos Soberanos das Duas Sicílias, juntamente com o Palazzo Reale di Napoli e o Reggia di Capodimonte, embora nunca tenha chegado a ser a idílica capital com que havia sonhado o rei Carlos VII.  O palácio serviu de residência de verão para o seu filho e dos monarcas restantes do Reino das Duas Sicílias até à incorporação deste ao Reino de Itália.
 
 
O conjunto palatino ocupa uma superfície de cerca de 44.000 metros quadrados, tendo 2 fachadas principais iguais: uma sobre a Praça de Armas e a outra sobre o majestoso parque. 
 
A estrutura do palácio segue rigorosamente os planos de Vanvitelli, com uma área retangular com dois corpos cuja interseção em forma de cruz dá lugar a quatro pátios interiores.
O vestíbulo inferior consta de oito colunas de ordem dórica que dividem a divisão em oito nichos nos quais foram colocadas esculturas romanas, como o famoso Hércules.
 
À direita do vestíbulo, encontra-se a escadaria de honra que se divide em dois ao alcançar o primeiro patamar.  Os seus 117 degraus e os restantes elementos decorativos (balaustrada, frisos, etc) estão talhados em mármores de diversas tonalidades.
       
  
O vestíbulo superior reproduz as proporções e o esquema do inferior, embora seja dotado de maior grandiosidade graças ao seu maior tamanho e à grande abóbada de estilo palladiano.
           
 
 
A capela possui uma estrutura muito semelhante à do Palácio de Versailles, tem a mesma forma de uma galeria, rematada por uma abside semicircular e flanqueada por uma colunata de mármore.  Está consagrada à Imaculada Conceição, como representa o único quadro que adorna o singelo altar.
Os apartamentos reais ocupavam a maior parte do andar nobre do palácio.  Estas salas não têm um interesse especial pela sua arquitetura, mas sim pela sua decoração e mobiliário que permanecem como na época em que eram habitadas pelos reis.
 
  
A maioria do espaço é ocupada pelos salões de grande tamanho, cujas paredes estão cobertas de painéis decorativos em diversos minerais e molduras banhadas a ouro.  Estas salas, geralmente retangulares, têm enormes proporções e estão decoradas com escassos móveis e quadros, o que amplia as suas imponentes dimensões.  A Sala dos Alabardeiros, o Salão de Alexandre, a Sala da Guarda, o Grande Salão de Marte e o Grande Salão de Astreia formam parte deste conjunto.  A mais bela e destacada das salas deste grupo é o salão do trono.
Sala do trono
 
 
 
O conjunto de quartos rococó caracteriza-se pelo seu reduzido tamanho, pelas suas abóbadas pintadas com afrescos e pela abundância de quadros e espelhos que cobrem as suas paredes, criando uma atmosfera muito diferente do resto do palácio. Além disso, contém uma importante coleção de porcelana oitocentista (jarrão de Meissen).  A "Sala do Outono" é um dos melhores exemplos de decoração rococó dentro do palácio.  As paredes estão cobertas com diferentes sedas e no teto estão pintados, típicos afrescos oitocentistas e pendurado um candelabro de Murano.
A biblioteca palatina é composta por uma série de salas que guardam um importante arquivo referente ao Reino das Duas Sicílias.  Além das suas coleções, destaca-se pela beleza dos móveis que possui e por um enorme presépio napolitano.
  
O teatro do palácio mantém enormes semelhanças com o Teatro de São Carlos de Nápoles.  O seu tamanho reduzido confere-lhe uma notável harmonia.  Consta de cinco galerias, um camarote real e uma plateia.  O seu interior está decorado com damasco azul e singelas estruturas douradas.  O palco é muito pequeno, mas na sua época contava com a mais avançada tecnologia, pois a sua parte traseira podia abrir-se ao parque criando um fundo natural.
         
 
O parque do Reggia di Caserta é um dos jardins reais mais belos da Europa.  Não se destacam somente pelo seu desenho paisagístico e nem pela qualidade das suas esculturas. O edifício fica engrandecido, mostrando-se imponente e o seu domínio arquitectônico expande-se por um espaço muito maior graças a este cenário.  Vanvitelli decidiu introduzir dois tipos de jardim no parque do palácio: um italiano que rodeasse o edifício e um passeio monumental com numerosas fontes, seguindo o modelo francês
Um caminho com mais de 3 km de comprimento que recorre à ladeira de um dos montes circundantes, aproveitando a sua inclinação para criar um complicado conjunto de fontes e cascatas que chegasse até ao palácio, reservando o resto do espaço para o jardim de parterreA fachada posterior do palácio está voltada sobre o "passeio", de modo que a maioria dos quartos tinha vista para a bela sucessão descendente de fontes.
Fachada norte do palácio e o passeio monumental do parque
         
 
         
O jardim à italiana ocupa o espaço imediatamente posterior ao palácio e possui um desenho paisagístico com uma estrutura geométrica baseada em caminhos.  Nesta zona, também conhecida como o velho bosque, abundam pequenas construções de recreio, como pavilhões ou casinhas, que serviam para amenizar as jornadas que a Corte passava no jardim.  Conta, ainda, com um grande tanque onde se criavam os peixes para o consumo do palácio. Apesar da bela arquitetura destas edificações e da antiguidade das suas árvores, é a parte menos valorizada do parque.
   
O rei Vítor Emanuel III da Itália doou o palácio ao povo italiano em 1919
No dia 14 de dezembro de 1943, depois da invasão aliada da Itália no contexto da Segunda Guerra Mundial, o palácio converteu-se no quartel-general dos Aliados na península Itálica. Entre as suas paredes foi assinada a rendição incondicional das tropas Nazis da Itália.
O edifício, em conjunto com os jardins e o complexo arquitetônico de São Leucio, foram declarados Património da Humanidade pela UNESCO.  Atualmente é um museu aberto ao público.>>

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