<<O Palácio-Convento Nacional de Mafra localiza-se no conselho de Mafra, a cerca de 25 Km de Lisboa.
Constitui-se em um palácio e mosteiro monumental em estilo barroco, na vertente alemã. Foi iniciado em 17 de novembro de 1717, em virtude de uma promessa que o rei fizera, caso a rainha lhe desse descendência. O nascimento da princesa determinou o cumprimento da promessa.
Litografia de 1853
Este palácio e convento barroco domina a vila de Mafra. O trabalho começou com um modesto projeto para abrigar 109 frades franciscanos, mas o ouro do Brasil começou a entrar nos cofres portugueses e o rei D. João V e o seu arquiteto iniciaram planos mais ambiciosos e não se pouparam despesas. A construção empregou 52 mil trabalhadores e o projeto final acabou por abrigar 330 frades, um palácio real e uma das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte.
O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com uma coleção de mais de 36.000 livros, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas. Situada ao fundo do segundo piso, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura, e rivaliza em grandiosidade com a Biblioteca da Abadia de Melk, na Áustria. O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas laterais, separadas por uma varandinha, contêm milhares de volumes encadernados em couro e gravados em ouro.
A biblioteca de Mafra é também conhecida por acolher morcegos, que ajudam a perservar as obras. Os morcegos saem de noite de caixas que estão por baixo das estantes e, numa noite, cada morcego alimenta-se de cerca de 500 insetos, o equivalente à metade do seu peso.
O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na região (hoje em dia ocorre aqui um projeto para a preservação dos lobos ibéricos). As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, quando das invasões francesas, em 1807.
O mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas, pelo decreto do Marquês de Pombal.
No palácio pode-se visitar a farmácia, com belos potes para medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital. No andar de cima, as suntuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 m de distância.
O interior é forrado a mármore e equipado com seis órgãos do princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo.
Durante os últimos reinados da Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.
O Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D. João V, com um total de 92 sinos que pesam mais de 200 toneladas e são considerados os maiores e melhores do mundo.
Dele saiu em 1910, o último rei, D. Manuel II para a praia da Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.
Classificado como Monumento Nacional em 1910, foi um dos finalistas para uma das Sete Maravilhas de Portugal em 2007.>>
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