<< O Museu do Prado é o mais importante museu da Espanha e um dos mais importantes do Mundo. Localiza-se em Madrid e foi mandado construir por Carlos III. As obras de construção prolongaram-se por muitos anos, tendo sido inaugurado somente no reinado de Fernando VII.
Quando o rei Carlos III regressou de Nápoles à sua cidade natal, percebeu-se de que Madrid não havia melhorado em nada desde que de lá tinha saído. Decidiu encarregar Juan de Villanueva, o arquitecto real, de projetar um edifício destinado às Ciências e que pudesse albergar o Gabinete de História Natural.
Porém, com a chegada dos franceses a Espanha e a Guerra da Independência, as obras foram interrompidas e, ele foi então utilizado para fins militares, tendo-se aqui estabelecido um quartel militar.
A inauguração do museu só ocorreu a 19 de Novembro de 1819, sendo esta a maior e mais ambiciosa obra do neoclassicismo espanhol. Foi um dos primeiros museus públicos de toda a Europa e o primeiro de Espanha, com uma função recreativa e educacional.
Entrada principal do Museu do Prado com a estátua de Diego Velázquez à frente.
Contendo coleções de pintura e escultura provenientes das coleções reais e da nobreza, o museu detinha, quando da sua inauguração, cerca de 311 obras de arte. No final do século XIX, todo o acervo do Museu da Trindade foi doado ao Prado. As obras, de temática religiosa, eram na maioria expropriações dos bens eclesiásticos, como forma de amortização das dívidas do clero para com o reino.
A coleção de pintura é bastante completa, devido a coleções de pintura espanhola, francesa, flamenga, alemã e italiana.
A coleção de pintura espanhola é a mais importante do museu. Esta coleção alberga obras de pintores espanhóis como José de Ribera, José de Madrazo y Agudo e o filho deste, Federico de Madrazo y Kuntz, Esteban Murillo, Velázquez e Goya. Obedecendo a um critério cronológico, o Prado expõe desde os murais românicos do século XII à produção de Francisco Goya.
Fancisco de Goya, "O Três de Maio de 1808", 1814, óleo sobre tela, 268 x 347 cm
Diego Velázquez, "As Meninas", 1656, óleo sobre tela, 310 x 276 cm
O fato de os Países Baixos terem integrado o grande império espanhol, durante o chamado El siglo de oro, explica a riqueza da coleção da escola flamenga. Alberga pintura de pintores como Hieronymus Bosch, Dirck Bouts, Hans Memling, Rubens, Adriaan Isenbrant, Rembrandt, Anthony van Dyck e Brueghel.
A coleção de pintura alemã alberga obras desde o século XVI ao século XVIII, dedicando diversas salas a pinturas capitais de Albrecht Dürer, Lucas Cranach, Hans Baldung e Anton Raphael Mengs.
A seção da coleção de pintura italiana alberga obras desde a Baixa Renascença até ao século XVIII, reunindo pinturas de artistas muito famosos como Fra Angelico, Melozzo da Forlì, Andrea Mantegna, Botticelli, Tiepolo, Giaquinto, Ticiano, Tintoretto, Veronèse, Bassano, Caravaggio e Artemisia Gentileschi.
A coleção de desenhos e estampas, conta com cerca de 4 mil desenhos, destacando os cerca de quinhentos desenhos de Francisco Goya, a mais importante do mundo.
A coleção de escultura é composta por mais de duzentas e vinte esculturas da Antiguidade Clássica, trazidas da Itália entre os séculos XVI e XIX. A coleção alberga esculturas do período grego arcaico ao período helenístico, tal como do Renascimento.
A coleção de artes decorativas é das mais bonitas e ricas do Prado, albergando até o famoso Tesouro do Delfim.>>
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