<<Antonio Canova (Possagno, 1 de novembro de 1757 — Veneza, 13 de outubro de 1822) foi um desenhista, pintor, antiquário e arquiteto italiano, mas é mais lembrado como escultor.
Com nove anos já foi capaz de produzir dois pequenos relicários em mármore (que ainda existem) e desde então seu avô o empregou para diversos trabalhos. Com cerca de 13 anos, foi colocado sob a orientação de Giuseppe Torretto, um dos mais notáveis escultores do Vêneto em sua geração. A cópia que fez em terracota dos célebres "Lutadores Uffizi" valeu-lhe o segundo prêmio na Academia de Veneza.
Seu estilo foi fortemente inspirado na arte da Grécia Antiga. Suas obras foram comparadas por seus contemporâneos com a melhor produção da antiguidade e foi tido como o maior escultor europeu desde Bernini. Sua contribuição para a consolidação da arte neoclássica só se compara à do teórico Johann Joachim Winckelmann e à do pintor Jacques-Louis David, mas não foi insensível à influência do Romantismo. Foi uma referência ao longo de todo o século XIX, especialmente entre os escultores do Academismo.
"Orfeu e Eurídice"
Detalhe de "Perseu com a cabeça de Medusa", Museu Vaticanos
"Psiquê revivida pelo beijo de Eros", versão do Louvre
"Hércules e Licas", Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma
"Páris", Museu Hermitage
Gostava da literatura clássica e fazia frequentes leituras, mas de hábito alguém lia para ele enquanto trabalhava.
As relações de Canova com a política de seu tempo são exemplificadas nas obras que criou para a Casa da Áustria e a Casa de Bonaparte.
Pauline Bonaparte como "Vênus vencedora", Galeria Borghese, Roma
De escultura de grande porte deixou mais de 50 bustos, 40 estátuas e mais de uma dúzia de grupos, sem falar nos monumentos fúnebres e nos inúmeros modelos em argila e gesso para obras definitivas.
Também manteve um continuado interesse na pesquisa arqueológica, foi um colecionador de antiguidades e esforçou-se por evitar que o acervo de arte italiana fosse disperso por outras coleções do mundo.
Foi diretor da Accademia di San Luca em Roma e Inspetor-Geral de Antiguidades e Belas Artes dos estados papais.
Gastou boa parte da sua fortuna em obras de caridade, no fomento de associações de classe e no apoio aos jovens artistas. Em várias ocasiões adquiriu com recursos próprios obras de arte para museus públicos e coleções de livros para bibliotecas, não raro fazendo suas doações anonimamente.>>
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