<<Tibério Cláudio Nero César (16 de novembro de 42 a.C. – 16 de março de 37 d.C.), foi imperador romano por 23 anos. Era filho de Tibério Cláudio Nero e Lívia Drusa. Foi o segundo imperador de Roma pertencente à dinastia júlio-claudiana, sucedendo ao padrasto Augusto. A sua família aparentou-se com a família imperial quando a sua mãe, com dezenove anos e grávida, se divorciou do seu pai e contraiu matrimônio com Otaviano (38 a.C.), o futuro imperador Augusto. Mais tarde, ele casou-se com a filha de Augusto, Júlia, a Velha. Foi adotado formalmente por Augusto passando a fazer parte da gens Julia. Após a adoção, foram-lhe concedidos poderes tribunícios por dez anos.
Estátua de Augusto Otaviano
Porém, posteriormente, atritou-se com o imperador Augusto, e viu-se obrigado a exilar-se em Rodes, onde começou a odiar a sua esposa e a ansiar pela sua ex-esposa Vipsânia Agripina. Encontrava-se casado com uma mulher que o aborrecia, que o humilhava com as públicas escapadas noturnas que protagonizava, e que o proíbia ver a mulher que amava. Dali enviou várias cartas ao imperador solicitando voltar a Roma, coisa que Augusto negou em diversas ocasiões, porém mais tarde, permitiu a Tibério regressar a Roma, mas apenas como cidadão romano.
Contudo, após a morte dos netos maiores de Augusto, previsíveis herdeiros do Império, foi chamado pelo imperador e nomeado sucessor.
Augusto faleceu em 14 d. C. com 76 anos de idade, e foi enterrado com todas as cerimônias estabelecidas e deificado.
Tibério sucedeu a Augusto em "767 ab urbe condita", correspondente ao ano 14 d.C.. Após a sua entronização, todos os poderes foram transferidos para Tibério. Decidiu não adotar o nome de imperador, apenas acrescentou o apelido de Augusto ao nome - Tibério Cláudio Nero Germânico Augusto. Atrás desta atitude aparentemente escrupulosa, afastava-se na realidade cada vez mais das instituições republicanas.
Converteu-se num dos maiores generais de Roma e assentou as bases daquilo que posteriormente se tornaria a fronteira norte do império. Germânico, membro da família imperial romana, pertencente à dinastia júlio-claudiana, proporcionara um duro golpe aos inimigos de Roma na Germânia. Sufocara um amotinamento de tropas e ademais trouxera para Roma as águias perdidas. Estas heroicas ações posicionaram Germânico num lugar privilegiado na linha sucessória. No entanto, Germânico logo veio a falecer.
Tibério decidiu fortalecer o Império mediante a construção de defesas, o uso da diplomacia e mantendo uma política de passividade nas disputas de monarcas estrangeiros. Deixou no Tesouro três mil milhões de sestércios. O resultado da política de Tibério foi um Império mais forte e consolidado.
Após a morte de seu filho, Júlio César Druso, em estranhas circunstâncias, Tibério decidiu retirar-se para a ilha de Capri. A qualidade do seu governo declinou e o seu reinado terminou em terror.
Tibério faleceu aos 77 anos e a morte do imperador foi recebida com entusiasmo entre o povo romano. No testamento, o finado imperador, delegava a Calígula (filho de Germânico) e a Tibério Gemelo o reinado conjunto. A primeira coisa que Calígula fez foi assumir os poderes de Tibério ao assassinar Tibério Gemelo.>>
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